Lilypie First Birthday tickers

1 de julho de 2011

Guilherme :)


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Olá a todos!
Finalmente consigo vir actualizar este cantinho:)
Pois é....o nosso Guilherme já está connosco...resolveu vir um pouquinho mais cedo a este mundo, mais concretamente às 38 semanas e 3 dias...já se devia sentir apertadinho, pois claro :) Faria hoje (quinta feira ainda) as 40 semanas. 
Eu não me importei nada, porque, primeiro já estavam todos os orgãos formados e com aquelas semanas é completamente viável a sobrevivência dele cá fora, portanto não correria nenhum perigo. E depois porque eu estava já muito cansada, muito inchada, das mãos, cara e pés...já mal me mexia..as noites eram complicadas e já só queria era ver a carinha dele. Para não falar da ansiedade e nervosismo que já tinha...todas as noites só sonhava com ele e com o parto:)
Assim sendo e também para ficar aqui registado (para mim posteriormente), vou contar mais pormenorizadamente o que se passou. Será longo, portanto podem saltar:p

No dia 13 de Junho, 2a feira, tive consulta na médica...estava com 37 semanas e 4 dias. Nesta consulta a médica fez-me o toque pela primeira vez que, felizmente, não achei nada de especial nem doloroso...claro que não é muito agradável, mas também não é nada de mais. Aqui ela viu que eu estava já com 2,5 cm de dilatação e achou que já não demoraria muito tempo. Disse-me logo que eu já devia ter contracções, ao que eu nem soube bem responder, mas nesse mesmo instante senti algo parecido com um desconforto que costumava sentir de vez em quando e ela apalpou-me a barriga e disse que, claro, era uma contracção:) Portanto já as tinha há um tempo, mas como suportava bem, nem desconfiei que já fossem contracções da preparação para o parto.
Mandou-me então estar na manhã seguinte às 8h30 na maternidade, onde me fizeram o registo dos batimentos cardíacos do bebé e das minhas contracções. Estive meia hora deitada com os eléctrodos ligados a fazer o registo, o qual acusou que os batimentos do bebé estavam bem e que eu continuava com as ditas contracções mas ainda irregulares...quando passassem a ser regulares é que seria sinal que estava próxima a hora H. Voltou-me a fazer o toque (aqui já achei um pouco mais desconfortável) e viu que estava praticamente na mesma do dia anterior. Mandou-me lá voltar daí a 1 semana, se "eu chegasse até lá"..palavras dela...ela achava (e bem) que não demoraria tanto.:)

Na 4a feira, dia 15 de Junho, foi o primeiro dia em que já não fui trabalhar...trabalhei até ao dia anterior, mas a partir daí já não me senti muito capaz de me sentar no carro e conduzir meia hora para o trabalho e ao final do dia mais meia hora para cá..além de que como já andava com algumas contracções (irregulares), tornava-se ainda mais desconfortável. Neste dia de manhã quando fui uma das vezes à casa de banho, deparei-me com a saída do "rolhão mucoso" ,que, tal como já tinha lido, se tratava de uma substância gelatinosa, de cor esbranquiçada. Fiquei um pouco ansiosa porque sabia que era um dos sinais que o parto estaria iminente. Liguei logo à minha médica que me disse que estava tudo bem, para descansar e estar atenta pois seria natural começar a ter contracções daí a 48 horas.
Três dias depois, ou seja, sábado, dia 18 de Junho, no inicio da tarde comecei a ter algumas perdas de sangue, ainda que pequenas. Telefonei à médica que me disse serem normais, mas para continuar atenta. Pouco depois comecei a sentir umas dorzitas já um pouco mais fortes que as habituais e comecei a controlar a duração e intervalo delas e então a partir das 3h da tarde de sábado apercebi-me que comecei a ter estas dores em intervalos de 8 ou 9 minutos...deixei passar 1 hora e pouco assim para ter a certeza dos intervalos e voltei a ligar à minha médica que, então, me mandou ir até à maternidade para ser avaliada. Assim foi..pegámos na malinha e no kit da Crioestaminal e lá fomos nós a acreditar que já não saíamos de lá só os 2 ;)

Fui atendida por uma médica jovem e muito querida nas urgências que me fez o toque mais indolor que tive e me disse que estava com 3 cm de dilatação e já com um colo apagado, portanto, e apesar de talvez demorar ainda umas horas, já não sairia de lá e iria ser internada. Lá fomos nós de malas aviadas para a enfermaria do piso 1, onde se espera até irmos para a sala de partos quando for mais perto da hora H. Entretanto eram 8h da noite e o meu marido teve que ir embora pois só deixam ficar até esta hora, o que é ingrato porque ficamos sozinhas e já a sofrer qualquer coisa, além de bastante ansiosas...pelo menos falo por mim que, apesar de aparentar calma, estava um pouco ansiosa e já tinha contracções de 5 em 5 minutos mais fortes que não me deixavam nem falar nem respirar bem. Antes das 9h da noite fui novamente observada e  mandaram-me então para a sala de partos. Liguei logo ao meu marido e pouco depois já lá estava comigo. Quando chegou eu já estava na respectiva sala de partos, deitada na marquesa, já com o cateter do soro posto e a epidural dada. Curiosamente, a epidural não doeu absolutamente nada e o cateter doeu como tudo.
Entretanto nesta fase tinha uma das minhas melhores amigas comigo que como é enfermeira pôde entrar lá dentro. Nesta sala não podíamos ter telemoveis ligados, pelo que nem pude ligar à minha familia que estava super nervosa à espera de noticias. Felizmente essa minha amiga assim que saiu (pouco depois pois também iria entrar ao serviço) ligou para eles e actualizou-os.

Entretanto seriam umas 9h da noite e eu estava à espera que a epidural fizesse efeito e eu deixasse de ter dores...coisa que nunca mais acontecia...nem depois de 2horas e tal..queixavamo-nos às enfermeiras e lá vinha a anestesista dar mais uma dose. Mas as contracções eram cada vez mais próximas (de 2 em 2 minutos entretanto) e eu sentia-as todas. O estranho é que não sentia o meu corpo da cintura para baixo..cada vez que tinha de mudar de posição da esquerda para a direita e vice-versa tinha de ser o meu marido a colocar-me as pernas em posição porque eu não sentia nadinha. Valia pelas inúmeras vezes que as enfermeiras vinham fazer o toque ou colocar-me uma algália devido à urina e eu não sentia nadinha, o que já era óptimo, porque são sempre técnicas invasivas muito desconfortáveis.

A certa altura (ainda no inicio da noite, deveriam ser cerca das 10 horas da noite) vieram rebentar-me as águas...primeiro estava cheia de medo disso porque me tinham contado horrores sobre o rebentar das águas forçado, mas a enfermeira que mo fez (e que utilizou uma pinça enorme que metia medo!) foi espectacular e não me fez doer absolutamente nada..apenas me comecei a sentir molhada pelo corpo abaixo...nesta fase ainda sentia o corpo todo.

Entretanto chegaram as 5h da manhã e eu continuava cheia de dores, sem efeito da epidural nas contracções e com a dilatação completa...no entanto, o bebé estava ainda com a cabeça muito em cima..era necessário eu fazer força a cada contracção para tentar forçá-lo a descer para a posição correcta de saída. O problema era que eu não conseguia saber se estaria a fazer a força no sitio correcto (é uma força igual à que fazemos quando estamos na casa de banho a fazer as necessidades), uma vez que não sentia essa parte do corpo e, ao mesmo tempo, sentia as contracções todas na zona lombar e na barriga o que tornava horroroso fazer força ao mesmo tempo das contracções! Os médicos não conseguiam (e não conseguiram até ao fim!) explicar o porquê de eu sentir aquelas dores e, ao mesmo tempo, não sentir o corpo da cintura para baixo. Mas a verdade é que sofri horrores durante umas 8horas de minuto a minuto..aliás, para o final eu já tinha sempre dor, porque mesmo no intervalo da contracção a dor mantinha-se, apenas atenuava um pouquinho. Desconfiamos que foi a minha dor ciática (problema que já tinha antes da gravidez e que agravou entretanto) que irradiava da anca para a zona lombar e me apanhava as costas inteiras e depois ainda a barriga na parte da frente....tipo dor de período e rins mas elevada ao extremo. Confesso que cheguei a dizer, em desespero, ao meu marido que ía morrer ali e que não aguentava mais (e que não queria mais filhos!).

Perto das 7h da manhã os médicos reuniram-se a decidir o que fazer...entretanto já tinha mudado o turno da equipa médica (a outra médica jovem já não sabia o que me fazer, coitada!..até pôs as mãos na cabeça) e a nova médica (que chegou a dizer que era impossível eu ter dores, na minha cara..comigo a chorar de desespero!), depois de dizer que a continuar assim o bebé não nascia (o que fez ficar ainda mais doida de desespero!), resolveu meter mãos à obra, reuniu as enfermeiras todas e até o pediatra de serviço e resolveu tentar tirar o bebé com ajuda de ventosas. Isto porque ele continuava encaixado mais em cima (a força que eu tinha tentado fazer durante as contracções de pouco tinha valido para o fazer descer). Eu quando ouvi a palavra ventosas fiquei cheia de medo por ele (são tantas as histórias que se ouvem!) mas estava tão desesperada que só queria que o tirassem e que ele estivesse bem..muito embora pelos batimentos cardíacos dele, estivesse tudo bem..mas nunca se sabia! Ao mesmo tempo ainda ouvi a médica dizer que se assim não se conseguisse teriam que fazer cesariana (eu já estava por tudo ao final daquelas horas todas!).

Lá me puseram numa posição mais sentada, com os pés nos famosos estribos (até aqui não estava...só o fazem na altura da expulsão)....e puseram-me à mão uns ganchos onde eu poderia puxar para ajudar a fazer força.
Tinha o meu marido atrás de mim a segurar-me no pescoço (para evitar que fizesse força ali, coisa que temos tendência para fazer nesta fase e é incorrecto), a médica à frente com a ventosa lá dentro e a tentar com as mãos virar o bebé para uma posição mais correcta de saída (porque ainda por cima também não estava na melhor posição de expulsão), tinha o pediatra praticamente sentado em cima da minha barriga a fazer uma força descomunal em inúmeras direcções para orientar a melhor posição do bebé (isto é que me doía a sério, juntamente com as contracções...o mexer no útero não sentia, felizmente!) e as enfermeiras (e médica também) a gritarem para fazer força. Fui ganhando alento porque me começaram a dizer que estava a fazer força no sitio certo e a certa altura ouvi dizer que o bebé já se via e ainda me lembro do meu marido me dizer que estava quase, que já viam o bebé, o que me fez ir buscar um resto de forças (não sei bem onde) e fiz a força toda que era capaz...a ventosa ainda saltou da cabeça do bebé numa primeira vez (que fez a médica ficar cheiinha de sangue...vi isto e fiquei bastante assustada), mas ela lá foi de novo e passados uns quantos minutos de força minha e bastante esforço da parte da médica (ela suou e bem que suou a puxar!) o Guilherme nascia finalmente! Quando consegui levantar a cabeça não o consegui ver, porque o embrulharam logo e o levaram para a salinha de observação. Ouvi-o chorar e nem queria acreditar. O meu marido tinha lágrimas nos olhos e nem sabia bem o que fazer (ainda viu a puxarem a placenta como quem puxa uma corda, diz ele lol), até que eu lhe disse para ir para ao pé do bebé ver se estava tudo bem. Passados segundos apareceu à porta da salinha (era em frente a mim) muito emocionado a fazer-me ok com os dedos e a dizer que ele era lindo. Minutos depois trazia-o enrolado na mantinha e colocou-o ao meu lado e eu não acreditava que ele fosse meu, que tivesse acabado de sair de dentro de mim.
Acho que ainda hoje, ao olhar para ele, não acredito bem que fui eu que o coloquei no mundo e que ele andou 9 meses aqui dentro..é muito estranho...ainda demora a processar e a cair a ficha ehehe
Mas o que interessa é que é um bebé saudável e lindo, lindo! (modéstia á parte). E meu! ;)

E pronto..não chateio mais..mas tinha que registar este momento para mais tarde poder recordar os pormenores :)
Assim que aqui a rotina estabilizar e nos adaptarmos à nova vida, virei actualizar mais regularmente.

Beijinhos a todos e muito obrigada pelas mensagens de carinho e felicidades :)

7 comentários on "Guilherme :)"

Anónimo disse...

confesso que o relato me deixou horrorizada lol :/ passaste mesmo um mau bocado mas o que interessa é que no fim tudo correu bem e o Guilherme já "cá" está :)) tudo de bom para vcs! ***

Agridoce on 1 de julho de 2011 às 13:39 disse...

Muitos parabéns :) Não foi fácil pelos vistos, mas agora que já tens o teu pequenote contigo já nem deves pensar muito nisso : ) Muitas felicidades para os três!

Maggie on 1 de julho de 2011 às 14:00 disse...

Bem, que horror, lol. É assustador pensar que é assim. Mas ainda bem que tudo correu bem, têm um bebé lindíssimo :))) Felicidades para os 3!

Mary on 1 de julho de 2011 às 22:12 disse...

Que fique registado que a "tua amiga enfermeira" a mim não me actualizou nada, bem pelo contrário, eu é que a fui sempre actualizando e a querida não me actualizou qd devia, só aos pais. tenho dito :P

Tudo isto já passou e já temos o nosso Gui e sua mamã connosco lindos e descansados (ou não :P)

Mary on 1 de julho de 2011 às 22:15 disse...

Mas a magia que deve ser quando tudo termina...mal posso esperar para que seja comigo! :D

Rita on 5 de julho de 2011 às 00:34 disse...

sis..é mm uma magia unica..pensar q o pior passou e agora tens aquela coisa linda nos teus braços q tu fizeste e puseste no mundo;)

meninas não vos queria assustar!! Tive azar, mas a maioria dos partos agora são sem dores nenhumas ;)
beijinhos e obrigada pelas mensagens queridas:)***

Unknown on 7 de agosto de 2011 às 13:56 disse...

Oi Rita! Parabéns pela chegada do teu Guilherme! Fico imensamente feliz já que todos estão bem e com saúde! O meu Guilherme, por sua vez, acabou de completar 7 anos, quase homem feito! lol Bjs, bjs!

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